"Em determinados dicionários da língua portuguesa, a definição de cultura, depois de dizer que é o ato, efeito ou modo de cultivar, segue explicando que ela é o complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições, das manifestações artísticas... e por aí vai. Diante disso, o que quero apontar na coluna dessa semana é a questão do nosso comportamento enquanto pessoas em sociedade seja ela iguaçuense ou não.
Infelizmente é parte da “cultura” empurrar quem está do lado para entrar primeiro no ônibus, estacionar na vaga do deficiente, não se levantar para o idoso, a gestante, a criança ou para alguém que está carregando muitos embrulhos. É parte “desta cultura” furar a fila, atrasar e deixar os outros esperando, não desligar o celular no teatro, cinema, ou qualquer tipo de reunião onde há terceiros falando e solicitando a atenção. É parte da mesma “cultura” xingar, exigir, agredir e até ameaçar no futebol e não lutar nem reivindicar pelos próprios direitos na Câmara, no Senado, no mercado ou na escola. É parte da “cultura” dirigir embriagados ou sem cinto, jogar lixo pela janela, acumular água parada no quintal, não ligar para a alimentação do corpo, mente e alma, abandonar compromissos sem justificação... É! Há quem diga que é só “falta de educação” ou se explica com qualquer outro motivo. Eu, porém creio firmemente que, para mudar tais comportamentos, o essencial é investir na Cultura, pois através desta poderemos adquirir uma melhor percepção de nossas atitudes e especialmente a visão de suas consequências.
Muitos fatos, pois que enxergamos no cotidiano, nos provocam reflexões e perguntas como: Por que fazem isso? Ou por que fazemos isso? Por que pensam e agem assim? Ou por que pensamos e agimos assim?
Até certas medidas, como por exemplo, a distribuição de panfletos, lições de cidadania, são tomadas com o objetivo de resolver estes problemas, mudar certos comportamentos e formas de pensar. Essas medidas buscam resultados positivos e por vezes imediatos, mas infelizmente não é bem isso o que ocorre.
Penso que os mais indicados para difundirem esses valores seriam as secretarias e/ou fundações culturais que não existem só para beneficiar artistas e sim para servir a Sociedade como um todo, oferecendo outros olhares, outros pensamentos e comportamentos.
É preciso sensibilização e não sensacionalização."
Cláudia Ribeiro